Não foi por acaso...

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Olá queridas Mosqueteiras!

Aqui estou eu, finalmente, para deixar o meu testemunho neste magnifico Blog.
Poderia escrever sobre a nossa rotina diária, sobre as nossas criancinhas, sobre os dias tempestuosos que temos passado no nosso Valley…mas não, vou falar-vos de algo que eu aprecio com uma inexplicável amplitude: os nossos “pequenos/ grandes” momentos. E porque?
Por duas razoes:
1º- Confesso nunca ter acreditado na felicidade plena;
2º- Acredito que nada nesta vida acontece por acaso.
No que respeita a felicidade, essa que todos procuram e poucos encontram, eu encontrei-a diariamente ao vosso lado, nos nossos “pequenos/grandes” momentos.
Encontrei-a à espreita entre uma sopa, um folhado, um bolo de amêndoa regados por lágrimas e sorrisos.
Encontrei-a também no desejo do cigarrito das cinco e meia, no cigarrito das três, nos olhares encorajadores trocados nos minutos que antecediam a sirene que nos levava a mais uma batalha diária.
Encontrei-a numa loja de roupa, numa sala de professores, nos momentos que precisei…
É esta a minha forma de ver a felicidade…perdoem-me se estou errada, mas não me recordo de ouvir, quem quer que seja, a dizer que era completamente feliz…
Ela existe sim. Nos “pequenos/grandes momentos, especialmente nos nossos, que recordarei para toda a vida…

CLARO QUE NADA ACONTECE POR ACASO…!
Com poderia o acaso responsabilizar-se pela união das nossas almas? Impossível!
Seria por acaso que almas tão diferentes encontrassem o conforto, o apoio, a união que as nossas encontraram…? Claro que não!
Estava programado nas nossas vidas, nos nossos percursos, uma paragem pelo Valley…
As correntes daqueles portões aguardavam as nossas mãos suaves, as escadas e o solo aguardavam as nossas pegadas firmes e confiantes.
E elas? Sim elas, nossas criancinhas endiabradas aguardavam, sem saber, que as “princesas do rio” entrassem nas suas confusas e escurecidas vidas e lhes dessem conforto e luz.
Não foi por acaso que chegamos ao Valley para ensinar e acabamos por “simplesmente” DAR. DAR de nós…Dar tanto que, por repetidas vezes, nos esquecíamos de nós, das nossas vidas.
Não foi por acaso que, juntas, quebramos barreiras de etnias e até nos “aqueiramos” de uma forma exemplar.
Não foi também por acaso que sofremos o afastamento de uma alma querida…a chegada de outra surpreendentemente encantadora…
Não será por acaso que mais uma se afastará…não não será!
Mais distante do Valley mas sempre perto porque almas assim unidas…jamais serão separadas!



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